domingo, 6 de dezembro de 2009

a caminho do ser-tão

Ciranda pé no chão
Estrada a fora
Sertão a dentro
de cactos voltados aos céus
como mãos,
que esperam a água da chuva
que não chega
a 1km.
São os olhos dele
que me conduzem
sentados um ao lado do outro
enquanto o cirandeiro
aperta o cigarro da poesia.
Um pé ante o outro
a roda rodando
a poeira subindo
pela estrada
que vai dar no Ser-tão.
Ser-tão que reinvento
antes mesmo de chegar:
brilha, pulsa
ouvido-coração
palma da mão.
E ainda falta muita estrada
asfalto aperto de mão
muito prazer:
cordel ciranda e fuloresta.

19.11.09

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