sábado, 4 de julho de 2009

O meu galho é na Bahia


Re-côncavo
Umbigo da baianidade nagô
cheiro de melaço de cana
barro batido, massapê
Olhá-lo é revisitar uma história
que teimo dizer minha, fazer minha.
Nasci nas montanhas
na serra das três pontas
longe do mar.
Com o pé na beira da praia
afundado na areia, renasci
criei memórias.
Daqui do recôncavo
inventaram uma bahia
de poetas heróis e prostitutas.
Como um deus cuspo no chão
amasso o barro nas mãos
e me reinvento outra pessoa
com cheiro de mar e café nos cabelos
com a batida dos tambores mineiros
e dos batuques baianos
dando ritmo ao meu andar.

(Cachoeira, jan/2009)


foto: mariele góes.

Nenhum comentário: