segunda-feira, 26 de abril de 2010

Prece n.4 ou esse chopp que me transtorna transborda

Memória. Escrevo-me em silêncio no saguão do aeroportocéu desta que podia ser a citycitá maravilhosa mas não é. Seca, fria a noite. O cinza contrastando com os jardins laranjamarelos de sua esplanada. Silêncio. A caneta corre o papel. Quedê o romance, a orgia? Nada apenas o desejo e o chopp quente. Vai. Corre. Não perde o avião. Ele não tá aqui! Ele nem lembra mais o seu nome. Ipodfone memória molhando o papel. Arrepio. Nostalgia. Poetas nasceram para serem, para estarem sempre solitários em saguões cinzas de aeroportos. Dez milhões de vezes viveria isso novamente. Antes ficar fodido do que não ter vivido as noites, os encontros. Cruz encruzilhada fundante. Parto daqui para o meu nordeste sem o beijo que ele nuncamedeste. Pára. Pire. Foda. Finda.

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