terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Pós-Janaínos

Enquanto os pingos da chuva pipocam no telhado
e os corpos quentes vermelhos do sol
se esquentam na cama estreita
o café, que perfuma a casa,
anuncia o alvorecer.

Lá longe o galo canta
o seu moço me sorrir um bom dia
e a rua molhada pisa o pé sujo de areia.

A cidade azul
amarelada de sol
ilumina a cama,
o barco e o sexo
do homem na praia.

As gavetas se fecham
O relógio badala
E a Ave Maria no rádio
tece linhas rosas,
laranjas, verdes
no encontro do céu com o mar.

Um comentário:

F. disse...

Quem vem pra beira do mar, ai
Nunca mais quer voltar, ai
"Quem vem pra beira do mar, ai
Nunca mais quer voltar
Andei por andar, andei
E todo caminho deu no mar
Andei pelo mar, andei
Nas águas de Dona Janaína
A onda do mar leva
A onda do mar traz
Quem vem pra beira da praia, meu bem
Nunca mais quer voltar..."